A córnea é a camada mais externa e a lente mais importante do olho, portanto, se há alguma opacidade ou deformação em seu formato, há prejuízo da visão. Se não é possível corrigir com lentes de contato, colírios ou anel intraestromal, para devolver a visão é possível lançar mão do transplante de córnea.
Muitas são as doenças que podem necessitar de um transplante, como por exemplo, ceratocone, distrofia de Fuchs, descompensação da córnea, cicatriz de trauma, sequela de úlcera de córnea, ceratite intersticial, entre outros.
Dependendo da doença de base, pode ser feito o transplante penetrante, em que toda a espessura da córnea é trocada. Mas, se o problema for superficial, troca-se apenas as camadas anteriores (DALK), diminuindo as taxas de rejeição. Se a doença for no endotélio (última camada da córnea), é possível trocar apenas essa lamela (DMEK).
A cirurgia é feita com anestesia local, assim como a de catarata, e o paciente recebe alta no mesmo dia, após a recuperação da anestesia, não sendo necessário ficar internado.
O pós-operatório varia conforme o tipo de transplante e a recuperação da visão demora em trono de 6 meses a um ano.
No caso do transplante penetrante e no lamelar anterior (DALK), são realizados 16 pontos, os quais são retirados a partir dos 6 meses, se necessário. Os motivos para a retirada de pontos são: ajuste de grau, os pontos estarem frouxos ou atraindo vasos. (o que aumentaria a taxa de rejeição).
No primeiro ano após o transplante, as revisões são mensais e é necessário utilizar colírios para evitar a rejeição. Como a córnea é avascular (não possui vasos) não é preciso fazer uso de medicamentos via oral para prevenir a rejeição.
No primeiro ano após o transplante, as revisões são mensais e é necessário utilizar colírios para evitar a rejeição. Como a córnea é avascular (não possui vasos) não é preciso fazer uso de medicamentos via oral para prevenir a rejeição.
Já o transplante lamelar posterior (DMEK) é realizado quando há falência da camada endotelial da córnea, responsável por manter a córnea transparente e desinchada.
As principais doenças para as quais é indicado esse tipo de transplante é a distrofia de Fuchs e a descompensação corneana após cirurgia de catarata.
O pós-operatório tem uma recuperação mais rápida, e é dado apenas 1 ponto, o qual é removido em torno de um mês após a cirurgia.